No dia 12 de agosto, o catarinense Matheus Song conquistou o título de Mister Brasil CNB 2017 e se credenciou para disputar o Mister Supranational deste ano. A vitória dele teve um quê de ineditismo: o belo de 22 anos é o único candidato de ascendência oriental a faturar o primeiro lugar em um concurso do gênero no país. Em plena fase de preparação para o certame internacional ― que ocorre na Europa entre o fim de novembro e o início de dezembro ―, o rapaz concedeu uma entrevista exclusiva, por e-mail, ao pop ao cubo. Nela, comenta sobre seus planos, relembra sua trajetória na competição de beleza e revela um pouquinho da sua intimidade. Leia abaixo:
pop ao cubo ― O que significa a vitória no Mister Brasil CNB? E ser o primeiro descendente de orientais a ter ganhado um concurso nacional de beleza masculina?
Matheus Song ― Um sentimento de grande felicidade e dever cumprido. Pra mim, tem sido uma grande honra trazer pra região norte de Santa Catarina esse título inédito. Além de uma realização pessoal, é um grande passo para acabar com o preconceito étnico. Vivemos num país de miscigenação e não podemos tolerar xenofobia.
pop ao cubo ― Você ganhou algumas etapas do concurso antes da grande final. Isso aumentou sua confiança de que levaria o título? Se não tivesse vencido, quem gostaria de ter visto com a faixa?
Matheus ― Sim, as etapas preliminares vencidas são uma recompensa pra toda a preparação. No meu caso, reforçou alguns pontos que considero importantes em mim: a maneira de me vestir e o perfil para modelo. Encontrei grandes companheiros na competição e qualquer um dos finalistas honraria a faixa da mesma maneira que estou fazendo.
pop ao cubo ― Acredita que a disciplina que aprendeu com o tae kwon do o ajudou de alguma maneira?
Matheus ― Sim, a disciplina é fundamental na hora de conciliar o meu trabalho com a faculdade, treinos diários na academia e ainda minhas responsabilidades como pai [da pequena Lara, de 1 ano e 3 meses].
pop ao cubo ― Você vem de uma família conservadora? Contou com o apoio dela para entrar no mundo mister?
Matheus ― Tenho uma família apoiadora. Temos nossas tradições, costumes e valores, mas nosso amor e apoio mútuo são fundamentais na busca dos sonhos de cada um de nós.
pop ao cubo ― Você tem amigos nesse segmento dos concursos de beleza? Se espelha em algum outro Mister Brasil?
Matheus ― Tenha uma relação de amizade com meus antecessores no Mister Joinville ― Gean Salfer e Luciano Cunha Jr. ―, além de sempre olhar os exemplos de outros misters como Lucas Gil e Carlos Franco.
pop ao cubo ― Como está se preparando para o concurso internacional do qual vai participar? Qual é sua expectativa?
Matheus ― Estou reativando o inglês na memória e minha expectativa é ter um bom desempenho, pois venho me preparando muito pra isso.
pop ao cubo ― O que pretende fazer daqui pra frente? Tem planos de seguir carreira como modelo ou ator?
Matheus ― Pretendo modelar na Ásia depois de cumprir meu reinado como Mister Brasil. A carreira de ator pode ser uma consequência.
pop ao cubo ― Como deseja aproveitar a visibilidade que vai ganhar depois de vencer o concurso? Que legado gostaria de deixar quando passar a faixa para seu sucessor?
Matheus ― Quero aproveitar as oportunidades de trabalho que aparecerão e gostaria de deixar exemplos de responsabilidade social por meio de causas que precisam de apoio.
[Foto: Marcio Farias/Destac Assessoria]
bate-pronto:
O que faz da vida? Consultor de moda e estilo masculino na loja Song Homem e Mulher.
Tem algum hobby? Surf e futebol.
Que gênero de música mais gosta? Tem uma música favorita? Ouço de tudo e no momento minha playlist está bem diversificada.
Está namorando? Estou solteiro.
Se considera vaidoso? Quais são seus cuidados de beleza e para manter a forma? Sim, faço tratamentos estéticos numa clínica e vou pra academia diariamente, além de fazer dieta com acompanhamento médico.
Qual é a parte do seu corpo de que mais gosta? Peitoral.
Qual é a peça que não pode faltar no seu guarda-roupa de jeito nenhum? Camisa social.
Que frase melhor te define? A beleza é passageira. O que realmente conta são nossos atos e boas ações.
O que tira você do sério? Falta de honestidade.
Qual é seu maior sonho? Construir um patrimônio a partir da minha carreira e desfrutá-lo ao lado da minha família.
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