a great guy


[Foto: Divulgação]

O pop ao cubo celebra seu quinto aniversário neste sábado e traz um bate-papo com o ator, apresentador e modelo Gui Inacio para marcar essa data tão importante. Por telefone, diretamente de Los Angeles, o brasileiro que foi morar nos Estados Unidos quando ainda era adolescente falou sobre vários assuntos: trabalho, sucesso, amor e vaidade. Bonito, charmoso, simpático, educado e bem-humorado, o rapaz de 29 anos também comentou o furor que ele causa entre telespectadores e internautas. Confira a seguir nossa conversa e as imagens enviadas especialmente para o blog. Puro luxo!


[Foto: Arquivo Pessoal]

pop ao cubo — Como está sendo a experiência de apresentar o TNT Movie Club?
Gui Inacio — A experiência está sendo incrível, principalmente agora: eu entrei no programa há um ano e nesse período nós tivemos a oportunidade de elaborar melhor os episódios e de tentar fazê-lo de uma maneira diferente da que era feita. O relacionamento com a produção, a Camila [Quaresma] e a Adriana [Rievers], que nos supervisiona e dirige de certa maneira, também é muito bacana. Acho que essa experiência tende a ficar cada vez melhor.

pop ao cubo — Como é o clima nos bastidores? Rolam muitas brincadeiras e erros de gravação?
Gui — O clima é muito descontraído, damos muita risada. No site do programa tem um vídeo que mostra nossos erros e já estão produzindo outro. A equipe toda é americana e nós somos três brasileiros — a Camila, a Adriana e eu. Tenho um humor bem peculiar então falo muita besteira, faço até algumas piadas que não podem ir ao ar [risos]. Vou ver se um dia consigo fazer um videozinho às escondidas para mostrar para a galera as besteiras que a gente fala lá.

pop ao cubo — De que modo se preparou para esse trabalho?
Gui — Acredito que minha carreira serviu de preparação. Costumo dizer que fazia a lição de casa antes mesmo de apresentar esse programa por conta do meu interesse pelos filmes, pelos bastidores, por tudo o que acontece em Hollywood e pelo fato de morar em Los Angeles há algum tempo. Foi um presente que recebi porque tem tudo a ver com o que já vivia.

pop ao cubo — Dos filmes que apresentou no programa, em qual gostaria de ter atuado?
Gui — Acho que gostaria muito de ter participado de quase todos por causa dos renomados atores e diretores envolvidos e, principalmente, da ideia e da mensagem dos filmes.

pop ao cubo — Que tipo de feedback recebe de quem vê o programa?
Gui — O pessoal está assistindo, comentando, curtindo, mas também há críticas. Acho que elas são importantes para que a gente faça um trabalho melhor e mais bacana para o público.

pop ao cubo — Você tem uma relação bem próxima com o público pelas redes sociais, né?
Gui — Sim, e sou muito grato por todo o feedback que recebo. Busquei ter essa proximidade ao ver a distância que existe entre alguns artistas e o público e por não querer agir da mesma maneira.

pop ao cubo — Como encara o assédio do público?
Gui — Como qualquer pessoa que trabalha nesse meio e tem uma certa vaidade. É algo que você espera, mas no momento em que acontece pensa: “Não é possível que isso esteja acontecendo! É de verdade?” Levo muito na boa, adoro os comentários e reposto muitas das mensagens que considero criativas. Há um assédio de todo o público, seja mulher, homem, velhinha, criança ou o que for. Na minha concepção, quanto maior for esse assédio, maior visibilidade eu vou ter e maior vai ser a possibilidade de compartilhar aquilo em que acredito. Então eu agradeço e fico muito feliz com tudo isso.

pop ao cubo — Está preparando mais algum vídeo na linha de “Ai Se Eu Te Pego”?
Gui — O feedback foi tão positivo e sempre me perguntam isso, mas não gosto de fazer coisas muito planejadas. Esse vídeo foi algo completamente inesperado porque eu não conhecia a música nem quem cantava. Eu fiz em dezembro e ele estourou durante o carnaval. Acho que o Papelpop foi o primeiro blog que postou e aí foi uma loucura: de 2 mil visualizações pulou para 40 mil, 50 mil em questão de dias. Foi bem bacana e bem engraçado de fazer: eu gravei com um amigo e a mulher dele, editei e falei: “Quer saber, galera? O pessoal está gostando da música, eu não danço bem, então vamos tirar a camisa porque pelo menos a dança fica menos pior.” Já me falaram do “Tchu Tcha Tcha”, mas não sei não... De repente, eu gravo outro espontaneamente na próxima temporada do Movie Club.

pop ao cubo — O que acha do fato de ser admirado pelo público gay?
Gui — O assédio feminino e masculino pode ser bacana ou chato, mas eu tento ser neutro e positivo nas minhas respostas e ganhar a pessoa com respeito. Se o cara fala alguma coisa meio pesada, eu agradeço o carinho e ele me respeita. As pessoas acham que posto fotos sem camisa por vaidade, para me mostrar, e a premissa é completamente oposta: eu quero compartilhar a minha dedicação com o público porque sei quão difícil é alcançar a forma física que alcancei do jeito que alcancei. Compartilho essas imagens para inspirar e motivar a galera. Estar na posição em que me encontro hoje foi algo muito bem pensado, sonhado, impossível de certa maneira e agora está acontecendo. O público gay tem me dado um moral muito forte e só tenho a agradecê-lo por isso. Eu lido com essa situação na boa, não tenho preconceito nenhum, muito pelo contrário. Agradeço a todos, sem distinção.

pop ao cubo — Mas eu falo do lado bom mesmo: aparecer em sites, blogs, etc. É algo positivo para você, certo?
Gui — Sem dúvida, muito positivo. As estatísticas do vídeo que postei no YouTube mostravam que a princípio 60 ou 70% do público que curtiu o vídeo era masculino. Eu só agradeço. Eles gostam da foto ou do visual e com isso eu tenho a oportunidade de compartilhar minhas mensagens com quem me segue no Twitter. De manhã ou depois da academia posto uma foto sem camisa e à tarde ou à noite publico as mensagens de inspiração que são mais importantes que as imagens. Outro dia mesmo um cara escreveu: “Putz, eu precisava ler isso neste momento!” Isso fortalece a minha vontade de continuar fazendo esse tipo de coisa. Esses sites e blogs são ótimos porque a pessoa inicialmente está só vendo um cara sem camisa, malhado, que alguns acham bonito, outros nem tanto, e isso me dá abertura para compartilhar minhas mensagens. Se a imagem é o que vai chamar a atenção primeiramente, então, com certeza, vou explorá-la da maneira mais positiva possível.

pop ao cubo — Numa escala de 0 a 10, quão vaidoso você é?
Gui — Acho que uns 6 ou 7. É uma vaidade sadia, sem exagero. Eu tento fazer com que isso não interfira no meu dia-a-dia. Você não pode permitir que se torne uma obsessão porque, no fim das contas, o tempo passa para todo mundo, há muita coisa que está fora do nosso controle. Quando era mais novo, tinha maior preocupação porque ainda não havia desenvolvido conteúdo na minha vida. Aliás, quero passar essa ideia para a galera que está muito focada nisso e mostrar que não é algo tão importante assim.


pop ao cubo — Qual é a sua rotina para manter a forma?
Gui — Nossa, minha rotina é uma loucura! Sempre gostei de tomar um drinque ou outro numa festinha e tal, mas parei de beber completamente porque vi que o álcool ia contra os treinos. Além de não beber, não fumo e faço uma alimentação bem regrada. A primeira coisa que faço quando acordo é preparar meu café da manhã, como muitos ovos, frutas. Também tento incluir legumes e verduras num cardápio em que predomina a proteína. Vou à academia quase todos os dias. Até postei três vídeos do meu treino [Part 1, Part 2 e Part 3] porque as pessoas me perguntavam o fazia para definir o abdômen e a galera se amarrou, curtiu, respostou e viu que é bem maluco.

pop ao cubo — Tem algum hobby?
Gui — Sempre gostei de jiu-jítsu, jogava muito futebol, mas hoje em dia estou tão focado na minha carreira e em me preparar mais para o meu oficio que não tenho mais tempo para isso. Só não posso deixar de malhar porque é a minha terapia, eu consigo trabalhar os incômodos da vida por meio dos exercícios físicos.

pop ao cubo — Está conseguindo conciliar as carreiras de apresentador, ator e modelo?
Gui — O cronograma da TNT é perfeito para mim: nós gravamos uma temporada em mais ou menos uma semana e fazemos isso a cada três meses, então eu posso ter outras atividades nesses intervalos. Eu participei de um seriado aqui nos Estados Unidos chamado Magic City e estou negociando com o diretor e o roteirista para que meu personagem cresça na segunda temporada. Além dos projetos como modelo, busco contatos no Brasil para atuar em longas e estou escalado para três coproduções Brasil-Estados Unidos — Horizontal Flowers, Where Were You When the Lights Went Out in Rio? e Copacabana. A TNT me dá muita visibilidade e permite que as pessoas conheçam meu trabalho.

pop ao cubo — Com que frequência volta ao Brasil?
Gui — Antes de começar na TNT, ia com mais frequência e aí fiquei um ano sem ir. Agora decidi marcar mais presença no Brasil e também tentar uma carreira no país. As pessoas acham que é muito difícil estar nos Estados Unidos e voltar ao Brasil, mas para mim não é: basta fazer a negociação necessária e em 1 dia, 2 dias eu viajo. Me casei com minha carreira, a prioridade é ela e, graças a Deus, consegui ter uma mentalidade muito flexível para estar onde preciso, não onde quero.

pop ao cubo — Como faz para manter seu português tão bom assim e sem muito sotaque morando tanto tempo nos Estados Unidos?
Gui — Nós estamos conversando depois de um processo grande de readaptação ao Brasil. A primeira vez que voltei ao país após ficar muito tempo fora foi em 2007, se não me engano, e todas as pessoas que conheci falavam: “Meu Deus, por favor, aprenda português de novo!” Quando comecei a voltar ao Brasil, faltavam muitas palavras no meu vocabulário e eu falava muito em inglês. As pessoas quem não conheciam minha história, não sabiam quem eu era, comentavam: “Pô, o cara quer contar que mora nos Estados Unidos? Não lembra palavras tão óbvias, fica falando em inglês, quer tirar onda!” Aí a primeira coisa que eu fazia era me apresentar: “Oi, eu sou o Guilherme Inacio e cresci nos Estados Unidos.” Já falava de cara para as pessoas não ficarem achando que estava dando uma de metido, marrento ou coisa e tal. Mas se o português não estivesse assim ia ser muito difícil apresentar o programa, né [risos]?

pop ao cubo — Você comentou que se casou com a carreira. Há espaço na sua vida para um relacionamento amoroso?
Gui — Esse é o lado mais complicado da minha vida atualmente porque estou viajando demais — moro em Los Angeles, vou ao Brasil e gravo o Movie Club em Atlanta — então fica muito difícil manter um relacionamento. Se eu permitir que a mulher entre na minha vida, ela vai ter que aceitar que me casei com a carreira. Isso é muito complicado para uma mulher entender e eu também quero fazer dela uma prioridade na minha vida. Só que no momento não é possível. Eu lido bastante com essa dificuldade e tento me adaptar mesmo que isso seja bem complicado [risos].

pop ao cubo — Se pudesse namorar alguém de Hollywood, quem seria?
Gui — Caraca! Quantos nomes podem entrar nessa lista [risos]?

pop ao cubo — Seu Top 5...
Gui — Por ter crescido nos Estados Unidos, sempre tive relacionamentos com americanas, mas sentia que faltava alguma coisa e pensava: “Minha mulher tem que ser brasileira!” Aí quando comecei a voltar ao Brasil falei: “Minha mulher precisa ser americana porque as brasileiras não entendem meu jeito!” Mas, enfim, não vou colocar na ordem, é completamente aleatório: a Jessica Biel, a Kate Beckinsale, a Halle Berry, a Jennifer Aniston, com certeza — a [Angelina] Jolie não vai entrar na lista porque não é o meu estilo. Lembrei de mais duas, vou escolher seis então: a Mila Kunis, que eu acho linda, e a Natalie Portman. Perfeito! Vou incluir só essas porque se a gente continuar a lista vai aumentar [risos]...

pop ao cubo — Então prefere morenas...
Gui — É, eu tenho uma queda muito forte pelas morenas, sem dúvida!

pop ao cubo — Pretende apresentar a cobertura dos Oscars® ou algo do gênero na TNT?
Gui — Eu já conversei com as pessoas encarregadas dos Oscars® e de outros programas e nós pensamos em desenvolver outros projetos. Também fiz um projeto para o Discovery Channel [vídeo 1 e vídeo 2]. Se o conteúdo for bacana e o público quiser, estou sempre disposto a “brincar”. Digo “brincar” porque tento não levar a carreira tão a sério assim nem encarar o trabalho como uma obrigação. Acho que é importante você gostar do que está fazendo e se divertir com isso. Ainda estou analisando essas propostas para ver qual vai ser o próximo passo.

pop ao cubo — Apesar de ter crescido nos Estados Unidos, você conhece a força da teledramaturgia brasileira, né? Você tem vontade de fazer novela?
Gui — Fiz participações pequenas em A Favorita e Negócio da China e foi uma experiência interessante. Existe a vontade, mas eu teria que me mudar para o Brasil e de certa forma abrir mão da minha carreira nos Estados Unidos por um tempo. Neste momento o ideal seria participar de uma série ou interpretar um personagem menor numa novela. Acredito que é só uma questão de aparecer o papel certo ou acontecer no momento certo para mostrar ao público que dá para “brincar” disso também.

pop ao cubo — Sua carreira de ator é mais voltada para o drama e a ação. Você já fez comédia? Gostaria de explorar esse seu lado divertido?
Gui — É engraçado você perguntar isso porque eu acabei de entrar em contato com um professor meu aqui em Los Angeles que ensina comédia e comentei: “Comédia não é muito meu foco” e ele retrucou: “Meu, você está maluco? Se você conseguir aproveitar sua naturalidade nas conversas num texto cômico tem tudo para dar certo.” A comédia teria que ser muito sutil porque as pessoas não esperam que eu vá falar besteira ou algo engraçado por causa da maneira que me comporto, minha postura, minha aparência. Estou começando a gostar dessa ideia e a pensar: “Acho que isso vai me dar abertura para ser mais eu e explorar essa minha faceta num personagem.” Sem dúvida quero refocar minha carreira e alimentar esse lado.

Comentários

thomaz disse…
caraca cada dia mais eu admiro esse Gui inacio.